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Olam - Crônicas de luz e sombras em promoção até o fim de semana!

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Velhas mãos que tantas pedras lapidaram 
A visita adiada do destino receberam, enfim; 
Passado e futuro um novo presente forjaram 
O início da história poderá ter o mesmo fim.

12 do mês Ethanim, do ano 2042 após o estabelecimento do Olho de Olam.

O mundo é um lugar mágico. Muitas vezes, histórias que já deveriam estar terminando, subitamente recomeçam.
Eu sou Enosh, atualmente chamado de o Velho. Parte da história que vou contar começou há muitos anos. Guardei estes acontecimentos durante muito tempo. Agora sinto que preciso compartilhá-los antes que meus olhos se fechem e eu leve tudo para o lugar de onde apenas um homem dessa história retornou...
Era uma madrugada gelada que antecedia o inverno, e eu estava descendo as escadas de madeira do antigo casarão. Podia ver meus pés enrugados enquanto os degraus rangiam. Minha sensação era que não pareciam ser meus pés, eu não podia estar tão velho. Meus cabelos pretos e minha mente se recusavam a aceitar a própria idade, porém meu corpo não era tão rebelde e penosamente se lançava escadaria abaixo. Envelhecera mais rapidamente nos últimos anos, meu tempo se abreviava.
Sentia-me atordoado com a visão (que ainda era só um presságio) da maior cidade de Olam cercada por exércitos tenebrosos...
Enquanto descia os degraus desgastados, mesmo solitário, eu me esforçava por parecer apenas um vulto encurvado segurando uma lamparina dentro de um insuspeito casarão. Eu havia acumulado muito mais segredos do que um homem só deveria carregar... E eles estavam se tornando cada vez mais pesados, mesmo assim eu me dispunha a suportá-los um pouco mais. Naquela madrugada, porém, subitamente a guerra veio até mim, então percebi que precisava deixar de ser um expectador passivo dos eventos...
A madrugada chegava ao momento máximo da escuridão e do frio antes da transição para a aurora. Era o horário do silêncio em que todos os espíritos malignos deviam sair para atormentar os homens em seus sonhos, ou, como era meu caso, para não deixá-los dormir. Eu não costumava descer àquela hora. Eu temia já oferecer desconfianças suficientes para as pessoas da pequena cidade; certamente elas não precisavam de mais motivos; porém, naquela madrugada, sinceramente, essa era a menor de minhas preocupações.
De uma pedra shoham avermelhada sobre a haste da lamparina que eu segurava refulgia uma luz quase cor-de-rosa. A luz fazia as sombras dançarem ao redor e depois se refugiarem nos cantos mais distantes da escadaria. Olhei por uns instantes para a pedra que espantava as trevas. Eu sabia tudo o que alguém podia saber a respeito dela e de sua lapidação, mas mesmo assim as pedras shoham me aturdiam por sua beleza e poder. Elas possibilitaram a construção de toda a glória de Olam, mas, também, como quase sempre acontece, foram a razão de seu fim. Elevaram nossa civilização a um estágio de desenvolvimento jamais alcançado. Não apenas por algum valor atribuído por comércio ou cobiça (embora fossem belíssimas), mas pela possibilidade de armazenar informações. Uma técnica de lapidação inicial fez com que essas pedras revelassem esse poder, depois se notou que diferentes técnicas podiam atribuir outras potencialidades, como comunicação e liberação de energia para movimentação de fatores de produção. No último estágio, como talvez você já tenha antecipado, descobriu-se que podiam funcionar como armas de destruição. E isso me traz outra vez aos assuntos daquela madrugada.
Sei que a palavra final sobre minha participação nos eventos que desencadearam a última guerra de Olam, não será minha... Entretanto, há muito tempo abandonei toda necessidade de me autojustificar... O fato é que agora, finalmente, não há mais nada para esconder, então os verdadeiros heróis desta história poderão aparecer. Esse será meu último tributo a eles, embora não possa mais trazê-los de volta, nem me considere digno de contar seus feitos...
Hoje percebo que, desde o dia em que o jovem guardião de livros partiu para Olamir dirigido pelas torrentes do Yarden e também do destino, a história de Olam se tornou fadada a seguir um novo curso, e nem mesmo um cashaph poderia ter previsto tudo isso. Ainda me pergunto se talvez a História seja realmente aquilo que os antigos menestréis cantavam: um experimento extravagante de El, ou um projeto monótono sem variações. Apesar de todos os longos anos que vivi e de tudo o que passei, ainda não tenho certeza a respeito dessas coisas. E por isso, algumas perguntas continuam sendo tão dolorosas para mim: Será que minhas escolhas (nossas escolhas) poderiam ter sido outras? Será que é possível mesmo controlar o destino? O amor não deveria vencer a morte?
Bem, acho que já o aborreci o suficiente com essas minhas inquietações. Deixe-me levá-lo aos fatos.
Eu arrastava uma das pernas devido a um grave e antigo ferimento e queria teimosamente descer mais rápido do que meu corpo permitia. Se eu não conhecesse cada um daqueles degraus, diria que todos os dias alguns novos eram acrescentados. Fui obrigado a parar um instante junto a uma janela para recuperar o fôlego. Quando minha mão se apoiou na superfície do vidro, tive um estremecimento. O vidro frio parecia mais quente que minha mão, mas, provavelmente, naquele momento um cadáver deveria se sentir menos gelado do que eu. E a verdade é que eu há muito já deveria ser um cadáver...
Olhei demoradamente para a noite lá fora. Talvez pudesse encontrar mais algum presságio que confirmasse minhas inquietações, ou algo para me fazer renunciar a espinhosa missão. Por alguns instantes, fiquei totalmente absorto, hipnotizado pelas estrelas que apareciam por entre as nuvens eternas no céu da pequena cidade. Meu desejo era ver em minhas companheiras de insônia algo além do brilho desconfiado delas.
“Shamesh partiu, Yareah tem que chegar, El decretou, tem que cumprir.”
As palavras sussurrantes saíram automáticas, sem passar pela mente, uma recitação de uma antiga prece pelo Sol e pela Lua. Como se em resposta, o clarão frio de Yareah quase cheia se desvencilhou de uma nuvem e se espraiou sobre os telhados das baixas e quadradas casas de pedra do vilarejo, fazendo as estrelas ficarem ainda mais tímidas. Isso fez com que eu despertasse do momentâneo transe. Resignado, balancei a lamparina outra vez em direção aos fundos. O alvo era a última porta do lado direito do corredor.
À medida que me aproximava de meu alvo, ia passando por quartos e salas com objetos de invocação. Deixados na ordem apropriada, eram como quadros sem personagens de rituais de purificação. Atrás de uma cortina de estofo azul e púrpura, de linho retorcido, havia um incensário que há muito não fumegava. Também uma bacia de prata para lavar as mãos após o ritual. Vi de passagem um altar quadrado, feito de madeira de acácia. Nos quatro cantos do altar, chifres se levantavam como se formassem uma só peça com ele. Era todo coberto de bronze, e os chifres que serviam para recolher óleo e cinza estavam vazios.
Ainda não entendia porque não me desfizera daquelas coisas. Apesar da prece recitada há pouco, eu não era religioso. Pelo menos não como os sacerdotes de Havilá praticamente obrigavam todos a ser. No máximo havia em mim algum resquício daquele tipo de religiosidade inata em todos os seres humanos e do qual, por mais que lutem, jamais conseguem se livrar.
“A marca de lapidação de El”. Era assim que meu antigo mestre explicava este sentimento. “Uma marca imperfeita”. Era minha atual explicação.
Por fim, alcancei a porta lateral e acessei outra escadaria já nos fundos do edifício que conduzia para o andar inferior. As lâmpadas estavam apagadas. Quando encostei a pedra shoham de minha lamparina nas pedras das lâmpadas laterais, elas não se acenderam. Ben, para variar, havia se esquecido de recarregá-las com a luz do sol. Às vezes, eu me perguntava qual era a vantagem de ter um aprendiz. Sem falar que ele já deveria ter retornado. Naquele momento eu me perguntava por que razão Ben não atendia ao meu chamado justamente quando eu mais precisava dele?
Apesar da fraca iluminação, alguns objetos se destacavam em nichos nas paredes e nas áreas de ligação entre as escadas. Um grande vaso de alabastro estampava desenhos de antigos deuses que haviam perdido seus adoradores para novos deuses, que por sua vez, também os haviam deixado escapar... Olhar para eles me consolava, não era só eu quem extraviava as coisas; até os deuses sofriam os efeitos do tempo. Argolas de prata dependuradas na parede foram forjadas nas antigas minas de Ofireh. Uma das palavras que poderia descrevê-las era: raridade; outras seriam: sangue, sacrifício, morte. Códigos de antigas civilizações estavam emoldurados; ensinavam como viver bem, alcançar a paz, o equilíbrio e a prosperidade; apesar disso, todas aquelas civilizações sucumbiram às forças inexoráveis do tempo.
Descer aquela escadaria estreita me custou instantes preciosos. Finalmente ela desembocou dentro de um amplo e antiquado salão. Tão antiquado quanto a forma de conhecimento que ele armazenava, embora o conteúdo fosse precioso. As colunas curvas de pedras que sustentavam o teto sobre arcos e as paredes gastas iluminaram-se precariamente com a luz da pedra shoham de minha lanterna. A luz também materializou fileiras de livros-rolos dispostos em estantes. Era uma grande biblioteca desorganizada. Muitos livros ainda estavam humilhados pelo chão, dentro de potes de cerâmica. Os mais conservados eram de um material feito de fibras cozidas da casca interior de algumas árvores da qual se construía uma espécie de folha que facilitava a escrita. Outros eram pergaminhos feitos a partir de peles de animais. Vários ainda eram de papiro, um material primitivo bem menos resistente. Mesmo os últimos, correndo o risco de se deteriorarem, precisavam aguardar pacientemente até serem transferidos para a pedra. Com apenas duas pessoas trabalhando não se podia fazer milagre. Entretanto, alguém poderia dizer que, pela quantidade já transferida, tínhamos feito algo bem parecido. Milagres, porém, não podiam ser explicados, o que nós havíamos feito sim: dias e noites de incansável trabalho... E tudo agora parecia tempo perdido...
Atravessei as estantes sem prestar atenção aos títulos bem esquisitos de alguns papiros e pergaminhos que armazenavam sabedorias de obsoletas civilizações. Dentro de um jarro de cerâmica havia alguns especiais. Um deles dizia: “Como domar Re’ims”. O outro era: “Por que não se pode confiar em tannînins?” Um de nível mais prático, porém improvável dizia: “Como sobreviver a uma grande inundação”. E outro, bastante manuseado, era uma relíquia, exemplar único a que os copistas jamais tiveram acesso, o título era: “O caminho da iluminação”. Esse era meu maior tesouro. Havia chegado o momento de revelá-lo.
Nas bibliotecas das grandes cidades de Olam, como na Biblioteca de Olamir, não existiam mais livros-rolos como aqueles. Todo o conhecimento já estava disponível nas pedras shoham. Mas ali, em Havilá, as pedras ainda não eram utilizadas para armazenar conhecimento, e provavelmente nunca seriam. Isso sem dúvida era uma grande ironia; afinal, justamente naquela região, nas encostas das Harim Adomim, praticamente todas as pedras eram extraídas. Depois eram enviadas para Olamir e lapidadas pelos mestres-lapidadores autorizados. Não era permitido lapidar ou modificar pedras em Havilá, ou em qualquer outro lugar, exceto Olamir, pois não se dispunha das ferramentas, nem do conhecimento e muito menos da segurança necessária para fazer o beneficiamento. Pelo menos era o que todos acreditavam. Eis um dos motivos pelos quais há tanto tempo me refugiava no decadente casarão, na distante e esquecida cidade aos pés das Harim Adomim. Às vezes, o melhor lugar em que o rato pode se esconder é bem perto do ninho do gato, pois como se diz, é aí que costuma haver mais sobras e menos vigilância.
No final do corredor formado pelas estantes me deparei com uma parede. Tateei com certo nervosismo e logo encontrei um tijolo de barro que quase imperceptivelmente se sobressaía dos demais. Abria aquela passagem todos os dias, mas naquela madrugada minhas mãos pareciam iniciantes. Um barulho seco disparou do outro lado, um pedaço da parede se soltou e começou a deslizar lentamente para baixo ao som das correntes que trabalhavam abrindo um vão da largura de uma porta. O acesso para a sala particular anexada à biblioteca franqueou-se diante da luz rosada emitida pela pedra da lamparina.
A princípio, vi apenas mais rolos e pergaminhos sobre uma mesa comprida, costeada por duas cadeiras. Era uma sala abafada e singela a qual jamais seria digna do tesouro que escondia. Retirei uma capa velha de sobre a mesa e meu grande segredo se revelou: uma pedra shoham do tamanho de um punho fechado. Era vermelha como a ampla maioria das pedras shoham, mas essa era bem escura, mais do que a maioria.
Eu a chamava de Ieled. Ela ativou-se ao refletir a luz da lamparina, como se tivesse o poder de absorver a luz e depois a devolver ainda mais forte. Contemplei o tesouro de minha velhice com a fascinação de sempre, mas agora havia uma indecisão nova. Ninguém da cidade sabia da existência da pedra. Isso precisaria mudar, e, de certo modo, eu já podia antever as implicações.
Ieled era uma das mais perfeitas pedras shoham que já haviam sido lapidadas. A segunda melhor que eu já havia feito. Das vermelhas, com certeza a melhor. Era quase tão completa quanto o Olho branco sobre a torre em Olamir. Possuía a grande qualidade de ver certas coisas. Era arredondada, cheia de faces lapidadas; só a base era chata. Uma pessoa comum não veria nada de especial nela, exceto, é claro, sua beleza. Eu havia lapidado Ieled com o propósito de buscar e armazenar informações de um modo jamais alcançado. Ao fazer isso, quebrei todas as convenções e leis a respeito da lapidação das pedras shoham. Eu não me arrependia, pois graças a isso, fui capaz de ver uma série de acontecimentos sombrios que poderiam destruir Olam e todo aquele mundo, mais uma vez...
Eu só esperava que não fosse tarde demais. Temia que os inimigos me encontrassem antes que conseguisse mandar a mensagem. Na verdade, estava ciente de que demorara muito até entender e interpretar todos os sinais que há um bom tempo a pedra insistia em me mostrar. Os inimigos cautelosamente planejaram cada ação, utilizaram e manipularam as pessoas mais inusitadas para cumprir seus propósitos nefastos. As informações que a pedra shoham captava das pedras retransmissoras chegavam para mim confusas, desconectadas, parecendo apenas coincidências. Qualquer observador sem minha experiência e meu conhecimento da história de Olam jamais conseguiria entender o que estava acontecendo. E eu só tivera plena certeza do que os inimigos estavam planejando poucas horas antes, quando Ieled encontrou as imagens de um giborim – um guerreiro de elite de Olam – na verdade, o próprio líder supremo da Ordem, cavalgando em direção à cortina de trevas. Isso havia acontecido dois dias atrás. Instintivamente eu soube o que ele fora fazer nas cidades tenebrosas. Então, tudo fez sentido. Uma guerra seria iniciada. Após dois mil anos de relativa paz e segurança, uma guerra de proporções inéditas e consequências imprevisíveis estava para estourar em Olam. Então tive o presságio e vi a cidade de Olamir rodeada de exércitos das trevas. Infelizmente, eu já havia visto aquela cena uma vez... Fui forçado a tomar uma decisão difícil.  Deixei de ser um expectador do destino e me tornei um controlador – algo que eu jamais quisera ser –; minha experiência ajudou a me colocar um passo à frente dos inimigos. Porém, não é fácil tentar controlar o destino; quando menos se percebe, ele assume as rédeas outra vez.
Um barulho seco atrás de mim quando as correntes da passagem se moveram outra vez fez com que tivesse um estremecimento. Mesmo sabendo exatamente quem estava chegando, não consegui evitar o sobressalto. A pressão do momento era a responsável por isso.
Havia solicitado a presença de meu aprendiz, o jovem Ben, para me auxiliar a fazer o importante comunicado que não podia esperar até a manhã seguinte. Meu plano era utilizar Ieled para entrar em contato com as autoridades de Olamir. Precisava informá-las dos acontecimentos que poderiam causar a ruína de toda a civilização de Olam. Eu estava fraco demais para fazer o anúncio sozinho. Àquela altura, a pedra poderia sugar toda a minha energia, por isso eu o havia chamado e esperado, a noite toda, que ele retornasse para casa. Por certo ele havia adormecido no meio dos livros da última remessa. Naquele momento eu estava disposto a fazer a comunicação sozinho, mesmo que não sobrevivesse ou ficasse dias desacordado. Havia também mais uma razão pela qual eu o chamara: estava na hora de Ben saber toda a verdade sobre seu passado e sobre sua família, até porque tudo estava relacionado com os acontecimentos que estavam prestes a serem desencadeados.  Era melhor que ele soubesse por meu intermédio, por mais doloroso que fosse... De qualquer maneira, logo tudo viria à tona.
– Até que enfim você chegou... – A censura em minha voz disfarçava o alívio que eu sentia por ele ter chegado.
O horror me impediu de completar a frase. Não era Ben quem estava ali. Por um momento, eu quis crer que era apenas uma aparição produzida por alguma técnica de manipulação das pedras. Mas eu conhecia todas as técnicas, e nenhuma poderia produzir aquilo. Era de carne e osso, ou algo parecido.
– Então, Enosh, o Velho. Finalmente nos reencontramos! – A sinistra figura encapuzada falou em voz baixa, revelando toda a sua antiga sagacidade. A sombra escura sobre a face impedia que eu visse seu rosto, mas eu o reconheceria em quaisquer condições. Ninguém consegue esquecer-se do rosto da morte.
– Você? Aqui? – perguntei trêmulo, sem entender como haviam me encontrado. Ieled não deixava pistas. Por instinto recuei até ficar de costas para a pedra, como que para protegê-la. Mal sentia o sangue correr por minhas veias, enquanto todos os cursos de ação passavam vertiginosamente por minha cabeça. Uma possibilidade surgiu em minha mente, mas o preço seria alto.
– Achou mesmo que não sabíamos onde você se escondia, velho latash? Acreditou que permitiríamos que estragasse tudo, velho bisbilhoteiro? O Olho de Olam está se apagando, quando o eclipse acontecer, nada poderá deter o avanço das trevas...
Não respondi. Apenas calculei se daria tempo de tomar a última atitude desesperada. Minhas mãos estavam perto da pedra. Eu sabia dos riscos. Mudaria o rumo da história. Colocaria tudo em movimento, ao mesmo tempo e antes do planejado. Mas se eu não estivesse um passo à frente dos inimigos, não haveria chances... Coloquei as mãos sobre Ieled e disse as palavras certas. Parecia uma grande loucura. Um sacrifício absurdo. Mas o mundo é um lugar mágico. Quem sabe o que poderia acontecer? Instantes depois, o fogo tomou conta da sala secreta, da biblioteca e do casarão.


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