Skip to main content

Janelas, Lundoi Lee




E chega assim me mordiscando
Não chega me amando
Chega sim me mordendo
Quase que me arranca um pedaço
Morde hora mais forte, hora mais fraco
Pula em  mim
E me faz de calçada e me faz de tapete
Faz de meu dorso passarela  para sua caminhada
Sinto em minha pele 
O frio que deixa suas passadas
Sinto em minha pele, a dor
De quando crava as suas garras
Em meio a tantos afagos desajustados
De tantos sentimentos desorganizados
Eu vejo nos seus olhos
A mais pura sinceridade
Olho por essas janelas
E consigo viajar
Consigo ver o brilho,
Brilho das estrelas
Consigo ver através desses olhos
Sentimentos verdadeiros, profundos, intensos
Como o azul do mar. 
E faz por me amar. 

                        -Lundoi Lee



Lundoi Lee é uma poeta de Volta Redonda, Rio de Janeiro. Seu modo peculiar de construir a poesia a partir de um fragmento é o que vem atingindo seus leitores de modo tão particular. Você pode ver esse e outros textos da autora em http://brochura.blogspot.com.br/




Comments

Popular posts from this blog

Pétalas inocentes: Resenha de O Jardim das Rosas Negras de Selène D'Aquitaine

O Jardim das Rosas Negras O Jardim das Rosas Negras é um conto-de-fadas que nos trás de volta o melhor da infância de antigamente. Samantha é uma jovem mestiça, filha de uma fada com um demônio que vive em um reino encantado e repleto de regras que a afligem. Essa condição incomum a coloca no centro de uma profecia maligna que prevê a destruição de seu reino feérico, fazendo dela num primeiro momento, a causa e a solução para esse evento terrível  que coloca em perigo tudo que acredita e ama. Surgem amigos para auxilia-la nessa busca à medida que segredos do passado vem à tona para confundir seu coração e sua mente,  acirrando ainda mais a batalha interior que a aflige a cada segundo desde que descobriu que seu pior inimigo pode ser ela mesma. É hora de Samantha pôr à prova tudo que aprendeu e mostrar a todos se o seu coração é de fada ou de demônio. 

O perdedor - Débora Mitrano

Ainda consigo ver os fatos acontecendo de forma tão nítida, em que certos momentos a dor chega a ser latejante. Vivo, respiro e enxergo tudo a minha volta. E isso já basta pra compreender o quanto a vida é mediocre e barata. Ela usa todas as nossas energias ao longo de nossa existência, e nos descarta como uma puta qualquer. No final tudo é perda, a gente perde até quando ganha. Tudo se esvai com rapidez.

Relação entre as raças na fantasia

Todos conhecem essa velha história: elfos não gostam de anões  e vice-versa, anões são inimigos mortais dos trolls e por aí vai...mas mesmo quando não são  inimigos alegados, algo é mais do que comum na literatura fantástica: As raças não se misturam! essa foto não tem nada a  ver com o texto, só achei ela bunitinha *_*