Uma obra de Richard Wagner, um maestro, compositor e diretor de teatro alemão, foi base para a história do anel.
"O Anel dos Nibelungos", ou "Der Ring des Nibelungen", foi uma ópera que demorou 30 anos para ficar pronta. O seu criador buscou inspiração nas velhas lendas germânicas, sempre tentando aliar o velho ao moderno. Todo o seu trabalho resultou em uma ópera com cerca de 18 horas de duração, divida em quatro atos, cada um com enfoque em um personagem diferente,
Aqui vai uma pitada da história:
O Primeiro Ato, intitulado "O Ouro do Reno", é protagonizado por Alberich, um anão da terra dos Nibelungos que, após tentar nadar com três ninfas no Rio Reno, acaba descobrindo uma enorme quantidade de ouro no fundo do rio, o Ouro do Reno. Se, deste ouro, segundo rezavam as lendas, fosse forjado um anel, este daria poder e riqueza inimagináveis ao seu portador - assim como acontece na obra de Tolkien. Entretanto, diversas reviravoltas acontecem no decorrer do livro (a ópera foi adaptada para um livro recentemente). A primeira delas é quando Wotan (mais conhecido como Odin) deve pagamento a dois gigantes que construíram seu castelo dourado, o Valhalla, e o deus desce à terra dos Nibelungos procurando Alberich, que se tornou tirano e muito, muito rico. Wotan vai até lá para pegar o ouro do anão, mas acaba voltando com uma coisa a mais: o Anel.
Já de volta, o deus põe-se na frente dos gigantes e lhes entrega todo o ouro; porém, eles desejam o anel. Os gigantes (que se chamam Fafner e Fasolt, e são irmãos) conseguem roubar o anel, mas não decidem com que ele vai ficar. Resultado: Fafner mata o irmão, foge com o Anel e com outro dos bens do anão, o Elmo de Tarn, que dá o poder da metamorfose a quem o usar. De posse destes dois artefatos, o gigante transforma-se em dragão, e passa o resto da sua vida (até ser morto por um herói no Terceiro Ato) guardando o anel em uma caverna repleta de riquezas.
Apenas neste pequeno resumo já foram percebidas semelhanças com a história de J.R.R. Tolkien: o Anel, que dá poder ao seu dono; a ganância que todos sentem ao vê-lo; as atrocidades que cada um faz para ficar de posse dele; o dragão que guarda um tesouro.
Àqueles que sentiram interesse, eu recomendo ler este livro. É uma boa pedida para todo fã de Tolkien!
Sim, mas qual o nome do livro?
ReplyDeleteÉ o mesmo da ópera, "O Anel dos Nibelungos".
ReplyDeleteTolkien baseou-se em diversas sagas da mitologia nórdica e alemã, bem como constos medievais saxônicos, a mesma fonte usada por Wagner para sua ópera. Acho muito mais provável que tenham bebido na mesma fonte do que dizer que Tolkien se inspirou em Wagner. A única inspiração reconhecida é em MacBeth, peça de Shakespeare, da qual Tolkien fez uma homenagem com "as árvores que se movem" e "nenhum homem nascido de uma mulher poderá matar McDuff".
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