O romance de ficção científica, assinado por Frank Herbert e
com sua primeira publicação no ano de 1965, é um título em que muitos nerds certamente
têm na estante de livros. Entretanto, apesar de ser considerado um dos melhores
trabalhos de ficção de todos os tempos e de ser ganhador de alguns prêmios, o
livro exige muita atenção na hora de sua leitura.
Para que esta excelente história não se deixe passar por simples páginas
escritas, diagramadas e encapadas, vamos ponderar os tópicos que merecem um pouco mais
de atenção na hora de ler Duna.
- Dialeto próprio:
Uma das principais maravilhas do universo criado por Herbert é a complexidade dos seus próprios termos. Mais do que simples nomes e significados, Duna possui uma enciclopédia de palavras, fazendo o leitor ter que visitar o glossário inúmeras vezes ao longo da história. O que é um Qanat, por exemplo? E um Zensunni? O ponto positivo é que isto enriquece a forma de escrever. Contudo, para os leitores "preguiçosos", acaba sendo uma luta agonizante interromper a história para descobrir o significado de um termo, fazendo a história ficar vaga.
DICA: Lembre-se de tentar memorizar os principais termos e diminuir suas visitas ao dicionário Duna. Isto fará com que a leitura fique mais dinâmica e fará com que você sinta orgulho em aprender mais sobre o idioma deste universo fantástico.
- Batalhas corpo-a-corpo:
Duna, no geral, pode ser resumido como um paradoxo da literatura. A trama se passa após dezenas de milhares de anos após o nosso tempo e, curiosamente, não há tecnologia cibernética. A maior máquina do universo é o próprio ser humano. No planeta Arrakis, fonte da preciosa especiaria melange, homens são treinados para batalha com facas e espadas, pois lá nenhuma arma é efetiva. Isso cria um choque muitíssimo apreciado, fazendo uma mistura de época medieval com viagens interplanetárias.
DICA: Não se apegue ao universo como futurista. Clássicos como o Guerra nas Estrelas são infinitamente mais tecnológicos do que as fronteiras do Duna. Tenha em mente um cenário de campos medievais que a imaginação fluirá melhor.
- Paul Atredies:
É um ponto fraco do livro, na opinião dos críticos. Paul não é como Skywalker ou até mesmo Harry Potter. O cara já nasce sabendo! Duna, repleto de personagens fantásticos e inteiramente complexos e individuais, não dá ao seu protagonista uma "história". O desenvolvimento de suas habilidades para se tornar o Kwisatz Haderach é tediosa. Isso interfere no nosso apego pelo personagem principal, o que deveria ser uma característica fundamental em qualquer livro de fantasia.
DICA: Desfrute o máximo que puder dos coadjuvantes e, principalmente, saiba que Paul Atredies não é aquele modelo perfeito de herói. Há personagens, como o soldado Gurney Halleck, o mentat Thufir Hawat e a pequena Aila, que o farão criar uma afeição rápida por eles.
- Política:
Duna trás de volta o modelo feudal de regência política. A história, em si, é uma "guerra dos tronos" da década de 70, dando ênfase maior nas ações governamentais do que nas batalhas e guerras físicas de fato. O livro empolga com suas reflexões sobre os confrontos entre oriente e ocidente, batalhas movidas pelas crenças e a força imperial centrada em um único eixo e numa especiaria que é indispensável para a sobrevivência humana da trama. Chega a ser um livro monótono, sem batalhas infindáveis e ação ininterrupta, típico de muitos livros extensos. Mas quando elas aparecem, são de tirar o fôlego, fazendo valer toda a espera.
DICA: Preste bastante atenção em cada ação política, pois são complexas e exigem destreza para que se consiga entender o desfecho da história. Desfrute o máximo que conseguir das batalhas narradas, pois elas não são freqüentes.
Ainda que temos de ter paciência com o protagonista e mais paciência ainda para visitar o glossário no final do livro, Duna é, sem dúvida, um clássico que todos deveriam ler. Livros atuais de fantasia mostram muitos trejeitos do clássico de Herbert, aperfeiçoados para nossos tempos. Sim, é um livro difícil de ler, principalmente para as novas gerações. Mas a cada nível de entendimento que o leitor vai adquirindo ao longo das páginas, a história passa a te prender mais e mais.
Boa leitura!
![]() |
Dêmonio de areia do planeta Arrakis. |
- Dialeto próprio:
Uma das principais maravilhas do universo criado por Herbert é a complexidade dos seus próprios termos. Mais do que simples nomes e significados, Duna possui uma enciclopédia de palavras, fazendo o leitor ter que visitar o glossário inúmeras vezes ao longo da história. O que é um Qanat, por exemplo? E um Zensunni? O ponto positivo é que isto enriquece a forma de escrever. Contudo, para os leitores "preguiçosos", acaba sendo uma luta agonizante interromper a história para descobrir o significado de um termo, fazendo a história ficar vaga.
DICA: Lembre-se de tentar memorizar os principais termos e diminuir suas visitas ao dicionário Duna. Isto fará com que a leitura fique mais dinâmica e fará com que você sinta orgulho em aprender mais sobre o idioma deste universo fantástico.
- Batalhas corpo-a-corpo:
Duna, no geral, pode ser resumido como um paradoxo da literatura. A trama se passa após dezenas de milhares de anos após o nosso tempo e, curiosamente, não há tecnologia cibernética. A maior máquina do universo é o próprio ser humano. No planeta Arrakis, fonte da preciosa especiaria melange, homens são treinados para batalha com facas e espadas, pois lá nenhuma arma é efetiva. Isso cria um choque muitíssimo apreciado, fazendo uma mistura de época medieval com viagens interplanetárias.
DICA: Não se apegue ao universo como futurista. Clássicos como o Guerra nas Estrelas são infinitamente mais tecnológicos do que as fronteiras do Duna. Tenha em mente um cenário de campos medievais que a imaginação fluirá melhor.
- Paul Atredies:
É um ponto fraco do livro, na opinião dos críticos. Paul não é como Skywalker ou até mesmo Harry Potter. O cara já nasce sabendo! Duna, repleto de personagens fantásticos e inteiramente complexos e individuais, não dá ao seu protagonista uma "história". O desenvolvimento de suas habilidades para se tornar o Kwisatz Haderach é tediosa. Isso interfere no nosso apego pelo personagem principal, o que deveria ser uma característica fundamental em qualquer livro de fantasia.
DICA: Desfrute o máximo que puder dos coadjuvantes e, principalmente, saiba que Paul Atredies não é aquele modelo perfeito de herói. Há personagens, como o soldado Gurney Halleck, o mentat Thufir Hawat e a pequena Aila, que o farão criar uma afeição rápida por eles.
- Política:
Duna trás de volta o modelo feudal de regência política. A história, em si, é uma "guerra dos tronos" da década de 70, dando ênfase maior nas ações governamentais do que nas batalhas e guerras físicas de fato. O livro empolga com suas reflexões sobre os confrontos entre oriente e ocidente, batalhas movidas pelas crenças e a força imperial centrada em um único eixo e numa especiaria que é indispensável para a sobrevivência humana da trama. Chega a ser um livro monótono, sem batalhas infindáveis e ação ininterrupta, típico de muitos livros extensos. Mas quando elas aparecem, são de tirar o fôlego, fazendo valer toda a espera.
DICA: Preste bastante atenção em cada ação política, pois são complexas e exigem destreza para que se consiga entender o desfecho da história. Desfrute o máximo que conseguir das batalhas narradas, pois elas não são freqüentes.
Ainda que temos de ter paciência com o protagonista e mais paciência ainda para visitar o glossário no final do livro, Duna é, sem dúvida, um clássico que todos deveriam ler. Livros atuais de fantasia mostram muitos trejeitos do clássico de Herbert, aperfeiçoados para nossos tempos. Sim, é um livro difícil de ler, principalmente para as novas gerações. Mas a cada nível de entendimento que o leitor vai adquirindo ao longo das páginas, a história passa a te prender mais e mais.
Boa leitura!
Cogitare vis.
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